sexta-feira, 24 de outubro de 2008

RICUPERO,Rubens.O Brasil e o dilema da globalização.São Paulo:

Editora:Senac, 2001

Capítulos VI (página 102 a 127)

Ricupero, já em tom de conclusão, destaca o êxito sustentado no processo de desenvolvimento dos países asiáticos. Segundo o autor, do primeiro ao último, do Japão à China , todos eles compartilham uma característica : a efetividade em eliminar ou reduzir de modo substancial as formas extremas de pobreza e manutenção de índices de desigualdade geralmente inferiores aos de outras regiões. Ele cita como exemplos Japão, Coréia do Sul e Taiwan e alerta que esses países comprovaram que a distribuição da renda tem muito que ver com o acesso mais igualitário à riqueza, aos bens de produção.

Ricupero cita um estudo da professora Frances Stewart, da Univerdade de Oxford, no qual ela sugere que os países com distribuição de renda menos desigual crescem mais rapidamente e por tempo mais prolongado. A pesquisadora dá algumas explicações econômicas para o fato:

Maior igualdade no acesso a fatores de produção, como a terra ou crédito, gera índices mais altos de produtividade e possibilita , aos pobres, informações para tornar mais eficientes seus investimentos;

igualdade reduz a pobreza e torna possível níveis melhores de nutrição, saúde, educação, o que resulta em força de trabalho mais produtiva e inovadora;

do mesmo modo, o aumento da igualdade permite expandir os mercados domésticos, melhor explorar as economias de escala e, em conseqüência , acelerar a industrialização e o crescimento;

em contraste, a desigualdade está associada à fertilidade mais alta, a pressão demográfica pesando negativamente sobre a possibilidade de elevar o nível de renda per capita e de bem estar.

A intenção de Ricupero, ao comentar esse estudo, é a de chamar a atenção para um ponto crucial quando o assunto é globalização: nas economias asiáticas, o governo criaram toda sorte de mecanismos, antes de tudo tributários, a fim de assegurar que os lucros voltem a ser investidos nos empreendimentos , ao passo que a tradição latino-americana ( e brasileira) é a do conhecido adágio " empresário rico, empresa pobre", isto é, o hábito de tratar a empresa como fonte de recursos para retiradas vultosas, consumo exorbitante do empresário e de sua família, compra de terras, de aviões, de iates, e , muito raramente , como origem de recursos para fortalecer e ampliar a empresa. O Brasil precisa aprender e reter esse conhecimento a fim de que a sua inserção no mundo globalizado deixe de ser um dilema e passe a ser uma experiência positiva.

Outro ponto que Ricupero destaca é a importância do conhecimento. Ele deixa claro que o desenvolvimento é processo complexo de aprendizagem, do qual o elemento econômico é componente importante , mas não exclusivo,

"A evidência dessa proposição impõe-se no momento em que a tecnologia _ quer dizer, o conhecimento _ converteu-se no fator decisivo da economia, muito mais do que o capital, a mão-de-obra ou as riquezas naturais." (RICUPERO, 2001:97

Ricupero assevera que conhecimento no mundo globalizado assume duplo sentido, quais sejam, o de saber produzir e vender bens e serviços de preço e qualidade competitivos , o acervo de conhecimentos técnicos , industriais, comerciais, financeiros que asseguram o sucesso de uma firma ou de uma região econômica; e o de gerir sistemas sociais cada vez mais complexos, quer se trate de uma empresa ou um país. Tudo isso vem junto, é inseparável e passível de ser assimilado pelas economias emergentes.

Dessa perspectiva, Ricupero entende que não é ufanismo asseverar que são razoáveis as chances brasileiras de alcançar uma inserção qualitativamente positivo no mercado globalizado, ainda que duvidoso o ambiente internacional que nos cerca. Ele afirma que, mais do que um problema de acesso , o Brasil tem, sobretudo, um problema de oferta no comércio exterior. Isto é, há mais de quinze anos a pauta exportadora nacional está concentrada em bens intermediários ou de pequeno valor agregado. Nesse sentido, Ricupero adverte que os ingredientes para o sucesso são pura e simplesmente, vontade política, perícia em conceber e aplicar estratégias públicas. Isso não depende de complexas negociações entre mais de cem governos. E ele questiona,

(...)Qual é, acaso, a potência estrangeira que nos proíbe de reformar a legislação tributária? Ou qual obstáculo externo ao controle pela União , dos desmandos espantosos do governos estaduais no leilão de favores irracionais para atrair investidores? Ou quem nos impede de coibir a corrupção e modernizar os procedimentos aduaneiros? ( RICUPERO,2001:112-113)

É possível a um país como o Brasil despontar na economia mundial, desde que procure a diversificação e a abrangência tanto em variedade, riqueza e qualidade de vantagens comparativas, de bens e serviços exportáveis, como mercados de destino. Ele reitera que a qualidade das políticas públicas fará a diferença considerando o dilema do qual partimos: extensão de continente, dimensão já apreciável do mercado interno, potencial longe de exaustão de crescimento para dentro, por meio da exploração de recursos naturais desaproveitados. Reitera também que superar a educação descurada é objetivo irrenunciável , não só por imposição da moral e da justiça , mas porque, sem isso, nunca haveremos de lograr inserção eficaz e sustentável na economia-mundo. Como dica inicial, para políticas públicas eficazes, Ricupero retoma o pensamento de Celso Furtado: o sistema nacional deve ser solidário , a fim de fazer prevalecer, sobre a lógica dos interesses setoriais, os critérios do bem-estar coletivo


Matéria: Acirra temor por recessão e bolsa despenca 10.18%

Jornal: Tribuna de Minas, Quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Caderno: Economia

Novamente as bolsas caem e os economistas se mostram pessimistas. No Brasil uma das causas da queda foi a edição da MP 443 que autorizou a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil a adquirir ações de bancos, seguradoras, entidades abertas de previdência e demais instituições financeiras.

Segundo estudiosos, essa medida do BC arrastou as bolsas para baixo aqui e no exterior e impulsionou a valorização do dólar. A Ibovespa fechou em queda de 10.18% ao 35.069,73, retrocedendo a níveis de 2006.

A crise a cada dia ganha contornos sombrios, é o que alegam os especialistas. Corre-se o risco de uma aceleração na inflação e isso pode reverter parte dos ganhos sociais na América Latina e Caribe, essa questão foi apontada no relatório do FMI. Ainda, segundo o mesmo relatório, a inflação mais elevada põe em risco o crescimento e pode aumentar a pobreza fazendo com a desigualdade social aumente.



ANÁLISE CRÍTICA BASEADA NO CONTEÚDO DO LIVRO


Novamente a crise mundial do mercado financeiro vem ao encontro das preocupações de Ricupero. Como ele já alertava, a falta de política financeira definida nos moldes do mercado globalizado faz com que as medidas paliativas, ainda que a contento, atinja outras áreas.

No caso em questão a área social pode sofrer as conseqüências da crise econômica, uma vez que especialistas prevêem uma desaceleração no crescimento, desemprego e perda de ganhos social na América Latina e Caribe ( isso inclui o Brasil).

Como Ricupero alerta, toda e qualquer medida tem que considerar o bem estar coletivo, que está acima de qualquer interesse econômico, pelo menos deveria estar. Enquanto não se colocar o social à frente dos interesses econômicos, o mundo e não só o Brasil, sofrerá e fará sofrer a população, pois a desigualdade e a pobreza aumentará vertiginosamente.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

RICUPERO, Rubens. O Brasil e o dilema da Globalização. São Paulo: Editora: Senac, 2001


Capítulos V e VI (página 80 a 102)


Ricupero nestas páginas falará da importância do comércio exterior. O autor entende que o comércio tem um papel dinamizador no mundo globalizado. Nesse sentido, percebe-se que em um extremo encontram-se os países-monstros com cifras consideradas relativamente altas, e noutro, os introvertidos e os extrovertidos. Os EUA, na intensidade comercial externa passaram de 8,41% (1970) para 19,12% (1998). Já a União Européia ostenta cifras assaz distintas conforme se inclua ou não o comércio intra-europeu, seus valores são de 15,57% ( 1970) e 20,99%
(1998). Segundo Ricupero, o contraste destes países com os introvertidos Brasil e Índia e os extrovertidos China e Indonésia é quase chocante. O autor entende que no caso do Brasil há um apreciável potencial não utilizado para a expansão do comércio exterior (Ricupero, 2001:82)
Na explicação dos fatores que concorrem para se verificar o crescimento acelerado ou não, o autor cita um estudo da ONU que argumenta que o mais importante no exame dos resultados de crescimento não é só a orientação favorável às exportações como tal, mas a natureza dessa orientação, o que ele chama de "qualidade da integração " e as oportunidades de comércio, que favorecem uma economia integrada qualitativamente: maior porcentagem de manufaturas nas vendas externas, com valor agregado mais elevado; maior diversidade de exportações; flexibilidade para responder às mudanças na demanda mundial. Assim, ao examinar a atividade aduaneira dos países de crescimento rápido , Ricupero sugere que estes compartilham as características descritas anteriormente. Outras características observáveis na história de sucesso das economias em desenvolvimento são as seguintes:
1. Agricultura: em Hong Kong e Cingapura esse setor produtivo nem aparece. Nos outros países de crescimento rápido, importadores de energia, a produção agrícola aumentou cerca 4%.
2. Coeficiente de investimento: todos os países de crescimento rápido, importadores ou exportadores de energia, tiveram índices de investimento, em relação ao PIB, bem mais elevados que os outros países em desenvolvimento.
3. Poupança interna: a taxa de poupança das economias mais velozes importadoras de energia foi de 21%; a dos exportadores; de 29%, em contraste com os exíguos 11% dos países em desenvolvimento.
4. Taxa de inflação: é uma das diferenças mais notáveis entre unidades de rápido crescimento (11%) e as de crescimento lento ( 35%).
5. Capacidade de importação: diminuiu nos países em desenvolvimento em geral, mas aumentou em 5,5%, em volume, nos de crescimento acelerado.
Ricupero reitera: a meta sempre foi adquirir a capacidade de exportar, o que assegurou às economias exposição suficiente ao choque da competição externa (RICUPERO, 2001:85).
Nessa história das grandes economias, o autor chama-nos ainda a atenção para outro ponto. Segundo ele, há em todas elas um espírito de unidade que se pode identificar em quatro aspectos fundamentais:
1. Um Estado eficaz e competente, dotado de quadros capazes de formular e executar um projeto nacional de desenvolvimento;
2. Um projeto de longo prazo, isto é, de caráter estratégico, que não se resume à correta política macroeconômica, mas abrange componente social e estratégia de competitividade tecnológica e exportadora;
3. Preocupação constante e efetiva com o combate à pobreza, o esforço de diminuir a desigualdade e promover melhor a distribuição da riqueza e da renda;
4. Prioridade central à educação e à formação de recursos humanos, à promoção da cultura, ciência e tecnologia, como chave para ser bem-sucedido num desenvolvimento que se torna, cada vez mais, intensivo em conhecimento.
A partir desse ponto, Ricupero traz à tona a discussão do papel do Estado. Sabemos que o fenômeno da globalização afeta de forma adversa a soberania do Estado-nação. Observa-se uma progressiva diminuição do campo de manobra dentro do qual as autoridades podem tomar decisões sobre matéria de interesse doméstico, independentemente do exterior. Para Ricupero, essas quatro dimensões, citadas anteriormente, devem ser imediatamente enfrentadas e isso só se faz com um Estado protetor e não somente produtor. O autor assevera que (...) não se deve separar artificialmente, como com freqüência ocorre, a política macroeconômica da política social (RICUPERO, 2001:91)
Esse é um dos grandes desafios brasileiros, qual seja, alvejar, formular e aplicar políticas públicas e não esmorecer na luta em fazer do sistema econômico globalizado um sistema menos injusto e desequilibrado .



Matéria: Governo Britânico revela mega-pacote
Jornal: Folha de São de Paulo, quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Caderno: Dinheiro (B5)

O governo britânico revelou os detalhes de um amplo pacote de 500 bilhões de libras (R$ 1,9 trilhão ou U$ 867 bilhões) para socorrer o sistema bancário do país, mas nem mesmo os analistas sabem se vai ser suficiente ou não.
O que há de positivo no pacote é que ataca três frentes:
1. Estatização parcial do setor, quando o governo comprará até 50 bilhões de libras em ações dos maiores bancos do país.
2. Oferecimento de garantia de até 250 bilhões de libras para novos empréstimos entre bancos.
3. Disponibilização de 200 bilhões de libras para os bancos refinanciarem suas dívidas.

Segundo os críticos em economia, o pacote é maior que o do governo norte-americano, considerando que a economia britânica é apenas um sexto da dos Estados Unidos. Outro aspecto positivo nessa decisão britânica diz respeito à percepção do governo que reconheceu algo que os americanos continuam relutando em admitir: que quando uma crise bancária é séria a esse ponto, faz sentido recapitalizar os bancos comprando ações preferenciais do que seus ativos sem valor. Colocar dinheiro direto nos bancos é uma maneira rápida e transparente de ajudá-los.



Análise crítica baseada no conteúdo do livro

Novamente a matéria traz à tona um ponto crucial no discurso de Ricupero: políticas eficazes, de alcance macroeconômico, mas também social, pois uma crise como essa que está vivendo o sistema financeiro pode desencadear em baixa de produção e desemprego.
Decisões motivadas pelo medo podem ser catastróficas, econômico e socialmente falando. A desregulamentação dos mercados, a crescente volatilidade do capital, a adoção de medidas emergenciais frente às tensões do mercado representam desafios constantes para as economias nacionais, principalmente a dos países emergentes. Os setores afetados por uma crise como essa dependem muito da atuação do BC, da política de exportação e de captação de investimento. Essa preocupação perpassa todo o discurso de Ricupero.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

RICUPERO, Rubens. O Brasil e o dilema da Globalização. São Paulo: Editora SENAC, 2001

Capítulo 3 e 4 (página 40 a 80)

Segundo o autor, há inúmeros mitos do processo de globalização. Ricupero aborda alguns para que se possa desvencilhar deles e chegarmos ao modelo de Estado que melhor atende aos anseios de uma globalização eficiente, que possa aproveitar os benesses do processo inédito de integração, almejando reduzir os riscos dos abalos econômicos que a globalização também acarreta.
[...] "justamente por isso não pode haver figurino único para todos os tamanhos e características de Estado. O que existe são modelos que, embora guardem um fundo comum de coerência com os problemas atuais, permitem acomodar as particularidades desse Estado na busca do desenvolvimento e da integração à economia mundial" (RICUPERO 2001:58)

Um dos mitos diz respeito ao movimento econômico registrado nos anos noventa. Ricupero entende que a economia mundial não repetirá dois movimentos de extrema importância naquela década: o alto fluxo de investimento externo para os países latino-americanos e o forte aumento do comércio global. Esses movimentos foram condicionados pela renegociação da dívida externa por meio do Plano Brady e pelo processo de privatização.
Além disso não se repetirá a forte abertura das economias em desenvolvimento que foi um dos principais fatores de expansão do comércio no ano de 2000.
Antes de falarmos do segundo mito, Ricupero busca uma definição mais exata da terminologia "empresas transnacionais" de forma a diferenciá-las das "empresas multinacionais". Embora o termo multinacionais tenha se consagrado, a ONU tem optado há anos pela expansão das empresas transnacionais. O termo multinacional conduz à falsa idéia de que são empresas de diversos países. Na verdade são empresas que possuem filiais em muitos países, mas que têm nacionalidade própria. A Nestlé opera em diversos países e isso não faz dela uma empresa menos suíça. Na esfera das multinacionais, ocorria uma verdadeiro transplante da estrutura administrativa e produtiva da empresa-sede para os países de recepção. No caso das empresas transnacionais o centro gerencial desvinculou-se da empresa, presente ainda no país de origem, para o centro produtivo, totalmente espalhado no chão de fábrica global.
Agora sim, Ricupero põe abaixo o mito de que as empresas transnacionais se ocupariam em transferir produção para países em desenvolvimento. A tendência que se observa é que haverá mudanças dessas unidades produtivas para outros países em desenvolvimento, o que terá como resultado um deslocamento do comércio, mas não o aumento do seu valor. Isso se explica ao observarmos economias como a da Malásia, Indonésia, Tailândia, tigres asiáticos, Coréia, À medida que os custos locais encarecem, com a mão de obra bem qualificada, outros países periféricos (em desenvolvimento) vão sendo incorporados ao processo produtivo global, cada vez mais transnacional. Esse processo de mudança de locais de produção, tendo em vista vantagens comparativas, pode e deve se esgotar, tal o limite em se encontrar novos portos seguros de mão de obra barata.
"A integração do processo produtivo em escala planetária não teria podido concretizar-se não fosse outra grande transformação tecnológica ( revolução nas tecnologias de informação e telecomunicação) que fez possível o planejamento, o desenho e o gerenciamento das operações produtivas a grande s distâncias, entre diferentes pontos do espaço geográfico [...]"
(RICUPERO 2001:40)

"Não faz muito tempo que a crise da Ásia do leste e do sudeste fez sair de circulação expressões que agora soam para alguns como prematuras ou exageradas, como de "dragões" ou "tigres asiáticos". Uma das vítimas mais recentes foi a Nova Zelândia, pequeno país até, ontem celebrado em prosa e verso como a mais acabada expressão do neoliberalismo puro e duro." (RICUPERO 2001: 53)


Nesse ponto, o que poderia se descortinar como benéfico para os países periféricos não o foi. É lógico que a recepção das empresas transnacionais por alguns países periféricos teve efeitos salutares na economia interna ( investimentos, otimização da produção, alta competitividade, etc.) todavia, a flexibilização nas relações trabalhistas nos moldes que pregam as transnacionais é de todo nefasta para a economia desses países. É visível que o projeto das transnacionais deixará de ser mito quando as grandes companhias auxiliarem as pequenas empresas no sentido de elas, ao invés de importarem insumos, fabricarem em seus próprios países.




Matéria: Na ONU, Lula pede controle das atividades financeiras
Jornal: Tribuna de Minas, Quarta-feira, 24 de setembro de 2008 ( Caderno Mundo paginas 7 e 10)

Diante da crise financeira mundial, que fez cair as bolsas no mundo inteiro e quebrar bancos nos EUA, o presidente Lula, ao abrir a 63ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), chamou a atenção para a situação dos países emergentes como Brasil e cobrou dos organismos supranacionais medidas que coibam a anarquia especulativa.
Lula disse que na economia também deve haver ética e que economia é um assunto sério demais para ficar na mãos de especuladores. O presidente observou ainda que o caráter global da crise demanda que as soluções sejam adotadas também de forma global "tomadas em espaços multilaterais legítimos e confiáveis, sem imposições."
O presidente fez um discurso repleto de duras observações sobre a crise financeira global e da ONU cobrou que se posicionasse no sentido de convocar o mundo para uma resposta vigorosa às ameaças que pesam sobre nós. Essas ameaças (em nível mundial) seriam: crise alimentar, energética, econômica e comercial.
Outro assunto do qual o presidente se ocupou foi a reunião que acontecerá em dezembro, a qual o Brasil sediará, sobre integração e desenvolvimento, assentada em uma perspectiva latino-americana e caribenha.


Análise crítica baseada no conteúdo do livro

A matéria está em sintonia com os pontos abordados por Ricupero, principalmente no que diz respeito à necessidade de adoção de boas políticas econômicas. Sem essa política, os surtos financeiros impedirão a formação de uma estrutura econômica confiável nos países periféricos. Parece-nos que os sinais da má política já podem ser vistos e sentido e atingiram funções vitais da economia mundial: comércio, emprego, energia, etc.
Ricupero ao longo de seu livro salienta que a globalização transcende a órbita puramente financeira e afeta sobremaneira estruturas produtivas, educação, relações institucionais, contratos entre indivíduos. Podemos dizer que é a isso que o presidente Lula se refere quando cobra ética na economia e ação vigorosa na reavaliação dos efeitos da economia global.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

RICUPERO, Rubens. O Brasil e o dilema da Globalização. São Paulo: Editora SENAC, 2001

Capítulos: 1 a 3 ( páginas 1 a 40 )

Ao ler a primeiras quarenta páginas do livro O Brasil e o dilema da globalização tem-se uma visão histórica processo da globalização. Segundo Ricupero, o processo de integração econômica, que hoje recebe o nome de globalização, não é recente e para sustentar tal afirmação ele reporta-se ao evento das grandes navegações (século XV e começo do século XVI).
Ao deslocar seu olhar para esse episódio, o autor nos faz entender que a "descoberta" de novos "mundos" fazia parte de uma estrutura econômica que visava integrar novas terras, produtos e riquezas à balança comercial dos países centrais, ou seja, das metrópoles. Movidos pela ideologia do Mercantilismo, a integração dos países era um processo inexorável. Dessa forma, países como Brasil, Argentina, México (hoje países emergentes) e Estados Unidos, Canadá e Austrália (países centrais do Capitalismo) adentraram no processo de integração econômica.
Certo é que essa integração, esse processo de inserção, não se deu da mesma forma. Assim podemos observar dois os modelos de integração: um que visava implantação de "colônias de exploração" e outro, implantação de "colônias de povoamento" ( RICUPERO 2001: 13-14). Daí resultou a classificação de países em pleno desenvolvimento e países em vias de desenvolvimento.
Baseando-se nesses processos integracionalistas, ocorridos desde a navegação, o autor chega à variedade de inserção virtuosa na contemporaneidade, fazendo-nos entender que o desenvolvimento econômico mais ou menos pleno pode ser justificado a partir das grandes navegações. E hoje, esse processo tem nova velocidade, em virtude das novas tecnologias de comunicação e de processamento de dados e da transformação da microeletrônica. As variedades de inserção virtuosas são superiores na capacidade de produzir desenvolvimento econômico sustentado (RICUPERO, 2001:19)
Para RICUPERO esse corte cronológico é importante para entendermos que o processo de globalização, hoje amplamente debatido, repete idéias integracionistas antigas, mas com novos caracteres, quais seja uma velocidade de integração sem precedentes e uma aproximação, uma redução substancial da distância entre países também inédita na história. É isso que dá contorno original no processo da globalização.
A partir desse ponto, o autor começa a caracterizar o fenômeno da globalização. Para muitos, esse termo tem sido usado para expressar uma gama de fatores econômicos, sociais, políticos e culturais que expressam o espírito e a etapa de desenvolvimento do capitalismo em que o mundo se encontra atualmente.
Nesse contexto, a ordem econômica é determinada pelas corporações mundiais e blocos econômicos (União Européia (EU), Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), e pelas instituições financeiras internacionais. O discurso e o projeto neoliberal criaram as condições para o impulso e a efetivação da Globalização. Assim, podemos dizer que a globalização pressupõe a submissão a uma racionalidade econômica baseada no mercado global competitivo e auto regulável.
As corporações procuram no mundo (dispersão geográfica) as condições para investimento na produção e na comercialização de mercadorias (busca de mercados), em razão do aumento da competitividade e do estreitamento da margem de lucro. O resultado dessas transferências de operações é a perda de identidade nacional das mercadorias, do capital e das tecnologias, com a conseqüente criação de um sistema de produção global que universaliza necessidades, gostos, hábitos, desejos e prazeres. Assim, o mundo transforma-se cada vez mais em uma fábrica e em um shopping Center global.
A preocupação de RICUPERO é com a perda de identidade nacional ocasionada pela globalização econômica, que também alcança o mercado de trabalho. O trabalho se dispersa, dessindicaliza-se. Por um lado exige-se a qualificação do trabalhador, aumenta-se a necessidade de treinamento e de aprendizagem permanente e coloca-se o trabalhador como co-responsável no processo produtivo. Nota-se criação de regimes e de contratos mais flexíveis bem como o estabelecimento de política salarial flexível, o crescimento da economia informa novas estratégias de sobrevivência. Por paradoxal que possa parecer isso torna o trabalho cada vez mais escasso, apesar de seu caráter ainda altamente nacional e cria uma tensão no novo processo produtivo.
Essas manifestações do processo de globalização e também as transformações econômicas associadas à revolução tecnológica faz com que o capital circule com maior velocidade, aportando em portos nos quais se promete maior rentabilidade. Daí o surgimento do capital puramente especulativo, que viaja rapidamente de forma fluida e fugaz, vendendo ilusão de sustentabilidade econômica.


Resumo da matéria
Bolsa acumula perda de 24% no ano
Folha de São Paulo, 10 de setembro de 2008

A notícia relata a queda das bolsas generalizada pelo mundo. Esse fato surpreendeu o mercado econômico que se encontrava aliviado depois do governo Bush ter socorrido as duas maiores empresas hipotecárias dos EUA (Fannie Mae e Freddie Mac).
Os mercados refletiram o temor de quebra do banco norte-americano Lehman Brohers. Diante de tantas incertezas, ordenou-se aos mercados que liquidassem posições de maior risco. Essa decisão atingiu países emergentes como o Brasil, uma vez que a venda de ações e ativos brasileiros por estrangeiros se acelerou. Nesse cenário de queda, estrangeiros fundamentais para a Bovespa não têm hesitado em vender ações como Petrobras e Vale. Em Nova York os ADR (recibos de ações de estrangeiros) da Petrobras perderam 10,6%; os da Vale caíram 6,9%. Segundo Georges Sanders, gestor de renda variável, nesse ambiente econômico desastroso, o fluxo de recursos para Brasil é praticamente zero.


Análise crítica da matéria baseada no conteúdo do livro

Os fatos relatados na matéria lida corroboram as afirmações de RICUPERO no que diz respeito aos feitos benéficos e aos prejuízos ocasionados pela integração econômica. Com certeza as novas tecnologias de comunicação e de processamento de dados fizeram com que o mercado global tomasse conhecimento do risco que representava queda das bolsas e instantaneamente novas decisões foram tomadas, obrigando um reposicionamento dos investidores no mundo inteiro. RICUPERO no seu livro chama isso de fluidez do capital, ou seja, o capital especulativo que viaja rapidamente, de forma fluida e fugaz , vendendo a ilusão de sustentabilidade econômica. Sustenta ainda RICUPERO, que nesse mercado globalizado o capital circula com maior velocidade, mas aporta em portos nos quais se promete maior rentabilidade.
No caso da queda das bolsas, o prejuízo é para todos, uma vez que bancos, fundos de investimentos, seguradoras, companhias hipotecárias refletem o medo de emprestar mais e perder mais. A frustração dos investidores é percebida em escala global e países emergentes como o Brasil não só sentem essa euforia mercadológica como também já acumula prejuízos.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

A história se repete?

Titulo: A história se repete?
Autor: Angela Pimenta
Veículo: revista exame
Data: 01/05/2008
www.portal.exame.com

A história se repete?
01.05.2008
Assim como ocorreu nos anos 70, a disparada dos preços do petróleo e dos alimentos volta a impulsionar a inflação mundial. A boa notícia é que os países estão hoje mais preparados para enfrentar o problema



Em janeiro, uma multidão enfurecida tomou as ruas da Cidade do México para protestar contra o preço de um alimento básico, a tortilla, que subiu 400% no último ano no país. Panelaços semelhantes vêm pipocando por todo o mundo -- da Indonésia ao Haiti, do Paquistão à África do Sul. Na Argentina, diante de baixos estoques de trigo, o governo proibiu a exportação do produto. Até no Brasil, país conhecido como um dos principais celeiros do mundo, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, ameaçou seguir o exemplo argentino para tentar conter a escalada do preço do arroz. Segundo a Organização das Nações Unidas, nos últimos três anos o preço dos principais alimentos subiu 83% globalmente. Só no último ano, a cotação do petróleo, que influencia toda a economia mundial, quase dobrou. "Chegamos a um ponto em que temos de voltar a nos preocupar com a inflação", disse recentemente Paul Volcker


Analise Crítica:
A tarefa de controlar a inflação não será simples, pois em tempos de globalização a luta contra a alta de preços, mobiliza um vasto público.
Porém perguntamos que fatores poderiam gerar está crise?. A disparada do preço do petróleo devido a demanda global, a crise econômica americana ,o aumento do consumo de alimentos , o uso de grãos para produzir biocombustíveis na Europa e EUA.
No Brasil, o crescimento dos gastos do governo e expansão do consumo.
Este problema inflacionário mundial deriva de uma boa notícia; há mais gente consumindo, que para as empresas é uma ótima notícia pois os seus lucros também tendem a aumentar. Para que haja um aumento na demanda , torna-se necessário a valorização da renda.
Porém as empresa podem ser afetadas, diante da globalização, aonde a crise mundial pode aumentar a inflação, e se isto vier acontecer ,vai abalar a economia do país e diminuir o crescimento econômico.

sábado, 3 de maio de 2008

O MST contra o desenvolvimento


Impulsionados por dinheiro público, pela tolerância das autoridades e pela passividade da Justiça, os sem terra ameaçam empresas e investimentos que geram emprego e qualidade de vida.




Por Otávio Costa e Sergio Pandellas

Revista Isto é

Edição 2005 de 09-04-2008

www.istoe.com.br






O MST quer dar demonstrações de que está forte , no momento em que suas bandeiras originais se tornam mais fracas.O Brasil está inserido na economia Global,tendo o agronegócio como o principal fator de emprego no campo,e neste momento está unindo esforços e recursos para ingressar num ciclo sustentado de desenvolvimento, que garante o superávit da balança comercial, assegurando a estabilidade, mesmo diante da crise americana.

Existe uma vísivel demonstração de insegurança,devido aos embates com o MST, por parte dos empresários.O presidente da Federação das Industrias do Estado do Pará(Fiepa), José Conrado Santos já afirmou que estamos perdendo investidores por causa do MST, e que os gastos com segurança necessitam ser consideráveis e mesmo assim nem sempre é possível se prevenir das ações do movimento.
As entidades empresariais estão preocupadas com a postura do governo federal, que tem se mostrado tolerante e passivo diante de tais fatos.
A Industria Biológica e Farmacêutica da Amazônia S/A (Ibifam) foi uma das vítimas do MST, no final de 2006 recorreu à falência; porém no início deste ano um grupo de empresários a compraram e passaram a injetar dinheiro para restabelecer a saúde financeira.Localizada a menos de 20 Km do centro de Belém, era considerada muito bem localizada. No último mês, apesar dos gastos em vigilância, a empresa teve sua propriedade invadida pelo MST.

Houve reintegração de posse autorizada pela Justiça, porém os integrantes do movimento continuam lá; e isto já deixa alguns empresários que acreditavam na recuperação da Ibifam com sensação de ter jogado dinheiro pelo ralo.

Outra vítima é a Vale, no Pará e no Maranhão, cujos empresários estão se sentindo ameaçados, pois fizeram esforços muito grandes para atrair novos investimentos para a região; até mesmo o projeto de construir uma siderúrgica no Pará, anteriormente acertado com o governo local, corre o risco de ser suspenso devido a ação do movimento dos sem terra.

A Vale tem uma participação efetiva na economia do Brasil, a mesma poosuía em 1997, quando ainda era estatal, 11 mil pessoas empregadas no Brasil, hoje são 150 mil empregos no mundo, sendo 60 mil desse no Brasil. A empresa Valia US$9,2 bilhões em 1997 e hoje vale US$151,7 bilhões.

Em março, a invasão da ferrrovia que liga Vitória a Minas em Resplendor(MG), 300 mil toneldas de minério deixaram de ser transportados e 2,5mil pessoas não foram atendidas pelos trens.

A Estrada de Ferro Carajás também invadida em outubro de 2007 deixou de transportar 350 mil toneladas de minério e em setembro novamente mais 300 mil toneladas .

Em março houve uma invasão dos laboratórios da Aracruz Celulose no Rio Grande do Sul, houve perda de matérial genéticos coletados em 15 anos.

Atualmente o MST não pode mais promover invasão contra a Vale, pois foi concedida pela Justiça, através de liminar, que proíbe o MST e seu principal dirigente de qualquer ação contra a Vale,sob pena de pagar 5 mil ao dia.




Análise crítica



O autor desta matéria buscou expor este assunto, tão interessante e preocupante de uma maneira contemplativa,crítica e convergente em relação a outras matérias sobre este tema, que é de suma importância neste momento que o Brasil está vivênciando, um momento de estabilidade na econômia , garantindo um superávit da balança comercial,apesar da crise americana.

O MST tem se manifestado contra a Globalização, ao neoliberalismo e as privatizações, que nada tem a ver com sua luta original,que é a reforma agrária. Há algum tempo já podemos observar que suas ocupações não estão sendo mais em áreas improdutivas; transformando num movimento puramente político e que infelizmente está causando prejuízo ao Brasil, e também está gerando intranquilidade interna e descrédito externo.

Suas crescentes invasões em propriedades de empresas que são geradoras de grande número de empregos, como a Vale, está deixando o Brasil em situação de dúvidas diante dos investidores, pois há necessidade de se investir valores consideráveis em segurança.

O posicionamento do Governo Federal , que está sendo passivo e tolerante, também está deixando os empresários investidores preocupados; eles esperavam uma postura firme,neste momento.

Para o administrador, tudo que diz respeito à economia é extremamente importante,pois o grande desafio de uma gestão é promover o crescimento econômico da organização, de maneira eficiente e eficaz. Manter a economia estável no Brasil, tem influência para todos os gestores,que buscam sempre alcançar melhores resultados em suas organizações; e a globalização sempre traz mudanças interessantes e oportunas; havendo uma necessidade constante de se acompanhar se adequar à demanda e aos desafios do mundo atual.

Muito se perdeu devido às atuações do MST, fato que nos faz atentar para a atuação do Estado neste momento,que está lançando mão de dinheiro público junto ao MST.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Esperança no Brasil.

ONU pede transparência e disciplina no setor financeiro
18.03.2008 15h10

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Por Jamil Chade
Agência Estado A Organização das Nações Unidas (ONU) apela para que a comunidade internacional negocie regras de transparência e de disciplinas no mercado financeiro para que novas crises como a do crédito imobiliário subprime (de alto risco de inadimplência) nos EUA não voltem a ocorrer. Para a entidade, não há como haver uma separação entre o impacto da turbulência nos países ricos e emergentes. Mas aposta em uma maior resistência das economias em desenvolvimento, entre elas o Brasil, para enfrentar o cenário internacional.
"O Brasil está bem posicionado para enfrentar a crise financeira internacional. Mas precisa diversificar cada vez mais sua economia para garantir que permaneça resistente contra turbulências", afirmou o secretário-geral da Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), Supachai Panitchpakdi. Para o tailandês, que dirigiu a Organização Mundial do Comércio (OMC) e foi ministro de Finanças de seu país, os países emergentes estão tendo um papel "fundamental" para reequilibrar o cenário internacional.
"Hoje, grande parte das reservas internacionais estão nos países emergentes. Só a Ásia tem 60% dessas reservas e é esse dinheiro que está alimentando os mercados ainda", alertou Supachai. "O maior peso dos países do Sul precisa ser reconhecido de uma vez por todas", disse, lembrando que há novas forças protecionistas nos países ricos contra tentativas de expansão das empresas dos países emergentes.
"Estamos vendo a segunda geração da globalização, na qual o cenário não é composto apenas pelos países ricos e suas empresas, mas pelas economias emergentes. As exportações dos países em desenvolvimento já representam um terço do comércio mundial, assim como os investimentos diretos", disse Supachai.
Ele nega, porém, que possa haver uma crise sem que as economias emergentes sejam atingidas. "Vivemos em um sistema globalizado e, no setor financeiro, isso é claro. O que pode ocorrer desta vez é que o impacto não será tão duro como em outras ocasiões", afirmou Supachai.
A ONU defende que haja uma negociação para a criação de um acordo que estabeleça regras para o mercado financeiro. "Se existem regras para o comércio, acreditamos que algo parecido poderia existir no setor financeiro", apontou Supachai. Segundo ele, o Fundo Monetário Internacional (FMI) poderia ser o fórum apropriado para negociar tais regras. Outra possibilidade seria entendimentos regionais, como na UE. "Espero que o FMI incremente seus trabalhos de monitoramento e transparência no setor financeiro. A crise hoje é resultado da falta de transparência e disciplinas nos instrumentos de mercado, como os derivativos", afirmou.

Analise critica:
Matéria retirada da revista exame, por: Jamil chade.
A matéria nos relata a importância e a preocupação que a ONU (organização das nações unidas), mantem a cerca de crises que vem acontecendo nos EUA, a mesma pede que a comunidade internacional negocie regras de transparência e de disciplina no mercado financeiro, fato esse que nos mostra claramente que há uma turbulência no mercado. E aposta no Brasil para enfrentar o mercado internacional, relata que o nosso pais esta bem posicionado para enfrentar tal desafio, porem e necessário que o mesmo diversifique cada vez mais sua economia para garantir sua resistência.
Devido ao fato de o mercado internacional esta tão turbulento, a presença de paises emergentes esta tendo um papel fundamental para reequilibrar esse cenário.
E importante relembrar uma passagem do texto que afirma que grande parte das reservas internacionais estão nos paises emergentes, fato esse que explica a importância desses paises no equilíbrio econômico internacional. Porem ainda assim há novas forças protecionistas nos paises ricos contra tentativas de expansão das empresas dos paises emergentes.
Com tudo isso estamos diante de uma nova geração da globalização, onde os paises emergentes assumem papel importante no cenário econômico, e sua economia esta tão envolvida neste cenário quanto a dos paises ricos e suas grande estruturas econômicas. A ONU, aposta em “nos” e afirma que as novas tendências da globalização nos da uma certa segurança ( paises emergentes), amenizando impactos econômicos que antes poderiam ser fatais.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Colamos na China. Isso é bom ?

Titulo : Colamos na China. Isso é bom?
Autor: Ângela Pimenta
Veiculo: revista exame
Data: 02/04/2008
www.portal.exame.com


O Brasil se beneficiou da explosão da economia chinesa exportando matérias-primas e comprando produtos industriais. Mas esse modelo de comércio cria novos riscos para o país




Assim como costuma acontecer com os casais antes apaixonados, depois de uma entusiasmada lua-de-mel a vida real acabou se impondo nas relações entre Brasil e China. O auge da aproximação bilateral se deu em 2004, ano marcado pelas visitas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Pequim e de seu colega chinês Hu Jintao a Brasília. Na época, ambos assinaram um alentado memorando de intenções. De um lado, o Brasil prometeu reconhecer a potência comunista como economia de mercado. Do outro, a China oferecia reduzir as barreiras contra a carne brasileira. Além disso, Hu Jintao teria sinalizado a Lula que a China apoiaria a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Desde então, as promessas foram quebradas e os atritos se multiplicaram. Apesar das divergências, os negócios bilaterais crescem rapidamente. A participação chinesa no total do comércio internacional brasileiro passou de 2% em 1998 para 8,3% no ano passado -- a China tornou-se o segundo país na lista dos que exportam para o Brasil e o terceiro maior comprador de produtos brasileiros. A balança bilateral somou 23 bilhões de dólares em 2007, com superávit de 1,8 bilhão de dólares para os chineses -- valor que, neste ano, pode ir a 5 bilhões. Embora os Estados Unidos ainda sejam de longe o parceiro comercial número 1, o Brasil está cada vez mais próximo da China. Diante da feroz competição chinesa e dos riscos da crise financeira global, chegou a hora de discutir a relação: estar colado à China é realmente um bom negócio para o Brasil


Análise crítica:
É um bom negocio para o Brasil estar colado na China, uma vez que a mesma é um dos maiores compradores de produtos brasileiros, e proporcionou maior diversificação das trocas externas brasileiras.
A China é considerada como a mais nova locomotiva da economia mundial, ela importa do Brasil minério de ferro, que vira aço e é utilizado nas construções erguida nas suas metrópoles.
A soja que também é importada pela China, ajuda alimentar 1,3 bilhão de pessoas. O bom relacionamento estratégico do Brasil e China, tem favorecido o crescimento da economia brasileira e chinesa.
A China beneficia o Brasil quando realiza compra das commodities ( são produtos básicos homogêneos e de amplo consumo, que podem ser produzidos e negociados por uma ampla gama de empresa. Podem ser produtos agropecuário, como boi gordo, soja ,café; minerais como ouro, prata, petróleo, etc.). Na compra destes produtos o país consegue obter superávits comercial e acumula reserva de capital, tranqüilizando os investidores, e atraindo mais investimentos e diminui risco de crises no balanço de pagamentos.
O Brasil por sua vez está de olho neste grande mercado consumidor, propiciando o crescimento das empresas que começam a direcionar seus produtos para a exportação.
Há um risco da economia chinesa brecar, por isso a necessidade do governo controlar o crescimento do país, o Brasil também está apresentando uma face de grande crescimento econômico e melhoria considerável da qualidade de vida dos brasileiros.

quinta-feira, 27 de março de 2008


O Brasil Que Acelera

Titulo: O Brasil que acelera
Autor: Jose Roberto Caetano e Roberta Paduam
Veículo: revista Exame
Data: 06/03/2008
Site: www.revista.exame.com.br

O país vive o melhor momento econômico em três décadas, com uma inédita combinação entre estabilidade, aumento do consumo e da renda e investimentos recordes na produção. É a oportunidade de o Brasil ingressar na elite do capitalismo


Uma pesquisa exclusiva feita por EXAME com 136 presidentes de empresas de capital estrangeiro instaladas no país mostra que o humor das matrizes em relação ao Brasil mudou -- para melhor. A maioria desses executivos considera que a economia brasileira está bem melhor do que há cinco anos. Quase 90% deles afirmam que os investimentos na operação local aumentaram nesse período. Olhando para o futuro, as expectativas são de mais crescimento e ampliação dos negócios no país. Tal percepção é materializada, por exemplo, no distrito industrial de Santa Cruz, subúrbio do Rio de Janeiro onde toma forma o maior investimento privado em curso no Brasil. Lá, mais de 14 000 operários trabalham 24 horas por dia para erguer a CSA, siderúrgica de 3 bilhões de euros do grupo alemão ThyssenKrupp. Montadoras como GM, Fiat e Peugeot se sucedem no anúncio de novas fábricas. A previsão é que, até 2012, o Brasil seja responsável pela montagem de 5 milhões de carros por ano. O quinto maior parque de computadores do mundo é um pólo de atração para grandes empresas de tecnologia. "O Brasil é uma das prioridades da Microsoft. O país não apenas está crescendo rapidamente como tem se desenvolvido muito na área de tecnologia e modernizado a infra-estrutura", disse a EXAME Steve Ballmer, presidente mundial da Microsoft. "É uma equação perfeita."undial

Analise crítica:
Podemos observar o crescimento do país, a medida que possui uma moeda forte e estável, começa a atrair investimento de fora, isto é globalização.
País que tem suas fronteiras abertas para receber investimento, proporciona a sua nação crescimento, com isso as condições de vida do povo brasileiro melhora .Com isso a um crescimento de procura de bens por parte da população, uma vez que há emprego e renda a procura por bens como automóveis , e casa própria e etc.
As empresas hoje visualização o Brasil como grande mercado consumidor, e tem visto os seus negócios desenvolverem, conseguindo atingir seus objetivos que é o crescimento e lucro.
O Brasil ao longo da história, flertou algumas vezes com o crescimento sustentado, sem nunca ter conseguido dar o salto decisivo. A coleção de notícias positivas vindas da economia brasileira neste início de ano, em meio a uma crise financeiras internacional, nos leva a pensar será que finalmente chegou a vez do Brasil?
Estamos presenciando que o país avança rapidamente como mercado consumidor em escala global, e já possui o maior mercado acionário emergente.
A geração de empregos em 2007 foi maior em quatro décadas, grandes empresas como a Vale, são protagonista ( do lado comprador). De alguns dos maiores negócios mundias.
Porém nós perguntamos é a inflação ? será que não vai voltar a subir. Uma vez que o crescimento acelerado sem investimento nas base pode gerar um descontrole na economia brasileira.

sábado, 8 de março de 2008

quinta-feira, 6 de março de 2008

Conhecendo a globalização.

Muito se houve falar em globalização, mais afinal, o que e globalização? Qual o efeito da globalização nas empresas?
O conceito de globalização tem dominado as ações humanas em todos os sentidos nos últimos tempos. Ninguém pode viver só, sejam cidadãos, empresas ou nações. Quem ficar isolado estará fora do contexto; seja do ponto de vista social, comercial, financeiro ou sob qualquer outro prisma. É necessário render-se às parcerias, verdadeiros tratados onde as partes se completam para facilitar a vida, suprindo assim mutuamente suas necessidades.

Chama-se globalização, ou mundialização, o crescimento da interdependência de todos os povos e países da superfície terrestre. Alguns falam em “aldeia global”, pois parece que o planeta está ficando menor e todos se conhecem.

A globalização, esta presente em todas as nossas vidas e inclusive nas empresas, ela tem ajudado muito no intercambio entre as mesmas, porem e preciso que se tome cuidado com seus efeitos, como por exemplo, o perigo da construção de uma sociedade individualista. A relação de competição é tão grande, que fica difícil identificar sociologicamente onde há conflito e competição.
Abertura de mercados ao comércio internacional,migração de capitais, uniformização e expansão tecnológica,tudo isso capitaneado por uma frenética expansão dos meios de comunicação, parecem ser forças incontroláveis a mudar hábitos,conceitos, procedimentos e instituições. Nosso mundo aparenta estar cada vez menor mais restrito, com todos os seus cantos explorados e expostos à curiosidade e à ação humana. É a globalização em seu sentido mais amplo, cujos reflexos se fazem sentir nos aspectos mais diversos de nossa vida.
A globalização da economia é evidenciada pelo crescente processo de internacionalização e interdependência entre os paises.