ONU pede transparência e disciplina no setor financeiro
18.03.2008 15h10
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Por Jamil Chade
Agência Estado A Organização das Nações Unidas (ONU) apela para que a comunidade internacional negocie regras de transparência e de disciplinas no mercado financeiro para que novas crises como a do crédito imobiliário subprime (de alto risco de inadimplência) nos EUA não voltem a ocorrer. Para a entidade, não há como haver uma separação entre o impacto da turbulência nos países ricos e emergentes. Mas aposta em uma maior resistência das economias em desenvolvimento, entre elas o Brasil, para enfrentar o cenário internacional.
"O Brasil está bem posicionado para enfrentar a crise financeira internacional. Mas precisa diversificar cada vez mais sua economia para garantir que permaneça resistente contra turbulências", afirmou o secretário-geral da Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), Supachai Panitchpakdi. Para o tailandês, que dirigiu a Organização Mundial do Comércio (OMC) e foi ministro de Finanças de seu país, os países emergentes estão tendo um papel "fundamental" para reequilibrar o cenário internacional.
"Hoje, grande parte das reservas internacionais estão nos países emergentes. Só a Ásia tem 60% dessas reservas e é esse dinheiro que está alimentando os mercados ainda", alertou Supachai. "O maior peso dos países do Sul precisa ser reconhecido de uma vez por todas", disse, lembrando que há novas forças protecionistas nos países ricos contra tentativas de expansão das empresas dos países emergentes.
"Estamos vendo a segunda geração da globalização, na qual o cenário não é composto apenas pelos países ricos e suas empresas, mas pelas economias emergentes. As exportações dos países em desenvolvimento já representam um terço do comércio mundial, assim como os investimentos diretos", disse Supachai.
Ele nega, porém, que possa haver uma crise sem que as economias emergentes sejam atingidas. "Vivemos em um sistema globalizado e, no setor financeiro, isso é claro. O que pode ocorrer desta vez é que o impacto não será tão duro como em outras ocasiões", afirmou Supachai.
A ONU defende que haja uma negociação para a criação de um acordo que estabeleça regras para o mercado financeiro. "Se existem regras para o comércio, acreditamos que algo parecido poderia existir no setor financeiro", apontou Supachai. Segundo ele, o Fundo Monetário Internacional (FMI) poderia ser o fórum apropriado para negociar tais regras. Outra possibilidade seria entendimentos regionais, como na UE. "Espero que o FMI incremente seus trabalhos de monitoramento e transparência no setor financeiro. A crise hoje é resultado da falta de transparência e disciplinas nos instrumentos de mercado, como os derivativos", afirmou.
Analise critica:
Matéria retirada da revista exame, por: Jamil chade.
A matéria nos relata a importância e a preocupação que a ONU (organização das nações unidas), mantem a cerca de crises que vem acontecendo nos EUA, a mesma pede que a comunidade internacional negocie regras de transparência e de disciplina no mercado financeiro, fato esse que nos mostra claramente que há uma turbulência no mercado. E aposta no Brasil para enfrentar o mercado internacional, relata que o nosso pais esta bem posicionado para enfrentar tal desafio, porem e necessário que o mesmo diversifique cada vez mais sua economia para garantir sua resistência.
Devido ao fato de o mercado internacional esta tão turbulento, a presença de paises emergentes esta tendo um papel fundamental para reequilibrar esse cenário.
E importante relembrar uma passagem do texto que afirma que grande parte das reservas internacionais estão nos paises emergentes, fato esse que explica a importância desses paises no equilíbrio econômico internacional. Porem ainda assim há novas forças protecionistas nos paises ricos contra tentativas de expansão das empresas dos paises emergentes.
Com tudo isso estamos diante de uma nova geração da globalização, onde os paises emergentes assumem papel importante no cenário econômico, e sua economia esta tão envolvida neste cenário quanto a dos paises ricos e suas grande estruturas econômicas. A ONU, aposta em “nos” e afirma que as novas tendências da globalização nos da uma certa segurança ( paises emergentes), amenizando impactos econômicos que antes poderiam ser fatais.
terça-feira, 15 de abril de 2008
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