terça-feira, 8 de abril de 2008

Colamos na China. Isso é bom ?

Titulo : Colamos na China. Isso é bom?
Autor: Ângela Pimenta
Veiculo: revista exame
Data: 02/04/2008
www.portal.exame.com


O Brasil se beneficiou da explosão da economia chinesa exportando matérias-primas e comprando produtos industriais. Mas esse modelo de comércio cria novos riscos para o país




Assim como costuma acontecer com os casais antes apaixonados, depois de uma entusiasmada lua-de-mel a vida real acabou se impondo nas relações entre Brasil e China. O auge da aproximação bilateral se deu em 2004, ano marcado pelas visitas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Pequim e de seu colega chinês Hu Jintao a Brasília. Na época, ambos assinaram um alentado memorando de intenções. De um lado, o Brasil prometeu reconhecer a potência comunista como economia de mercado. Do outro, a China oferecia reduzir as barreiras contra a carne brasileira. Além disso, Hu Jintao teria sinalizado a Lula que a China apoiaria a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Desde então, as promessas foram quebradas e os atritos se multiplicaram. Apesar das divergências, os negócios bilaterais crescem rapidamente. A participação chinesa no total do comércio internacional brasileiro passou de 2% em 1998 para 8,3% no ano passado -- a China tornou-se o segundo país na lista dos que exportam para o Brasil e o terceiro maior comprador de produtos brasileiros. A balança bilateral somou 23 bilhões de dólares em 2007, com superávit de 1,8 bilhão de dólares para os chineses -- valor que, neste ano, pode ir a 5 bilhões. Embora os Estados Unidos ainda sejam de longe o parceiro comercial número 1, o Brasil está cada vez mais próximo da China. Diante da feroz competição chinesa e dos riscos da crise financeira global, chegou a hora de discutir a relação: estar colado à China é realmente um bom negócio para o Brasil


Análise crítica:
É um bom negocio para o Brasil estar colado na China, uma vez que a mesma é um dos maiores compradores de produtos brasileiros, e proporcionou maior diversificação das trocas externas brasileiras.
A China é considerada como a mais nova locomotiva da economia mundial, ela importa do Brasil minério de ferro, que vira aço e é utilizado nas construções erguida nas suas metrópoles.
A soja que também é importada pela China, ajuda alimentar 1,3 bilhão de pessoas. O bom relacionamento estratégico do Brasil e China, tem favorecido o crescimento da economia brasileira e chinesa.
A China beneficia o Brasil quando realiza compra das commodities ( são produtos básicos homogêneos e de amplo consumo, que podem ser produzidos e negociados por uma ampla gama de empresa. Podem ser produtos agropecuário, como boi gordo, soja ,café; minerais como ouro, prata, petróleo, etc.). Na compra destes produtos o país consegue obter superávits comercial e acumula reserva de capital, tranqüilizando os investidores, e atraindo mais investimentos e diminui risco de crises no balanço de pagamentos.
O Brasil por sua vez está de olho neste grande mercado consumidor, propiciando o crescimento das empresas que começam a direcionar seus produtos para a exportação.
Há um risco da economia chinesa brecar, por isso a necessidade do governo controlar o crescimento do país, o Brasil também está apresentando uma face de grande crescimento econômico e melhoria considerável da qualidade de vida dos brasileiros.

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