terça-feira, 15 de abril de 2008

Esperança no Brasil.

ONU pede transparência e disciplina no setor financeiro
18.03.2008 15h10

Publicidade
Por Jamil Chade
Agência Estado A Organização das Nações Unidas (ONU) apela para que a comunidade internacional negocie regras de transparência e de disciplinas no mercado financeiro para que novas crises como a do crédito imobiliário subprime (de alto risco de inadimplência) nos EUA não voltem a ocorrer. Para a entidade, não há como haver uma separação entre o impacto da turbulência nos países ricos e emergentes. Mas aposta em uma maior resistência das economias em desenvolvimento, entre elas o Brasil, para enfrentar o cenário internacional.
"O Brasil está bem posicionado para enfrentar a crise financeira internacional. Mas precisa diversificar cada vez mais sua economia para garantir que permaneça resistente contra turbulências", afirmou o secretário-geral da Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), Supachai Panitchpakdi. Para o tailandês, que dirigiu a Organização Mundial do Comércio (OMC) e foi ministro de Finanças de seu país, os países emergentes estão tendo um papel "fundamental" para reequilibrar o cenário internacional.
"Hoje, grande parte das reservas internacionais estão nos países emergentes. Só a Ásia tem 60% dessas reservas e é esse dinheiro que está alimentando os mercados ainda", alertou Supachai. "O maior peso dos países do Sul precisa ser reconhecido de uma vez por todas", disse, lembrando que há novas forças protecionistas nos países ricos contra tentativas de expansão das empresas dos países emergentes.
"Estamos vendo a segunda geração da globalização, na qual o cenário não é composto apenas pelos países ricos e suas empresas, mas pelas economias emergentes. As exportações dos países em desenvolvimento já representam um terço do comércio mundial, assim como os investimentos diretos", disse Supachai.
Ele nega, porém, que possa haver uma crise sem que as economias emergentes sejam atingidas. "Vivemos em um sistema globalizado e, no setor financeiro, isso é claro. O que pode ocorrer desta vez é que o impacto não será tão duro como em outras ocasiões", afirmou Supachai.
A ONU defende que haja uma negociação para a criação de um acordo que estabeleça regras para o mercado financeiro. "Se existem regras para o comércio, acreditamos que algo parecido poderia existir no setor financeiro", apontou Supachai. Segundo ele, o Fundo Monetário Internacional (FMI) poderia ser o fórum apropriado para negociar tais regras. Outra possibilidade seria entendimentos regionais, como na UE. "Espero que o FMI incremente seus trabalhos de monitoramento e transparência no setor financeiro. A crise hoje é resultado da falta de transparência e disciplinas nos instrumentos de mercado, como os derivativos", afirmou.

Analise critica:
Matéria retirada da revista exame, por: Jamil chade.
A matéria nos relata a importância e a preocupação que a ONU (organização das nações unidas), mantem a cerca de crises que vem acontecendo nos EUA, a mesma pede que a comunidade internacional negocie regras de transparência e de disciplina no mercado financeiro, fato esse que nos mostra claramente que há uma turbulência no mercado. E aposta no Brasil para enfrentar o mercado internacional, relata que o nosso pais esta bem posicionado para enfrentar tal desafio, porem e necessário que o mesmo diversifique cada vez mais sua economia para garantir sua resistência.
Devido ao fato de o mercado internacional esta tão turbulento, a presença de paises emergentes esta tendo um papel fundamental para reequilibrar esse cenário.
E importante relembrar uma passagem do texto que afirma que grande parte das reservas internacionais estão nos paises emergentes, fato esse que explica a importância desses paises no equilíbrio econômico internacional. Porem ainda assim há novas forças protecionistas nos paises ricos contra tentativas de expansão das empresas dos paises emergentes.
Com tudo isso estamos diante de uma nova geração da globalização, onde os paises emergentes assumem papel importante no cenário econômico, e sua economia esta tão envolvida neste cenário quanto a dos paises ricos e suas grande estruturas econômicas. A ONU, aposta em “nos” e afirma que as novas tendências da globalização nos da uma certa segurança ( paises emergentes), amenizando impactos econômicos que antes poderiam ser fatais.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Colamos na China. Isso é bom ?

Titulo : Colamos na China. Isso é bom?
Autor: Ângela Pimenta
Veiculo: revista exame
Data: 02/04/2008
www.portal.exame.com


O Brasil se beneficiou da explosão da economia chinesa exportando matérias-primas e comprando produtos industriais. Mas esse modelo de comércio cria novos riscos para o país




Assim como costuma acontecer com os casais antes apaixonados, depois de uma entusiasmada lua-de-mel a vida real acabou se impondo nas relações entre Brasil e China. O auge da aproximação bilateral se deu em 2004, ano marcado pelas visitas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Pequim e de seu colega chinês Hu Jintao a Brasília. Na época, ambos assinaram um alentado memorando de intenções. De um lado, o Brasil prometeu reconhecer a potência comunista como economia de mercado. Do outro, a China oferecia reduzir as barreiras contra a carne brasileira. Além disso, Hu Jintao teria sinalizado a Lula que a China apoiaria a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Desde então, as promessas foram quebradas e os atritos se multiplicaram. Apesar das divergências, os negócios bilaterais crescem rapidamente. A participação chinesa no total do comércio internacional brasileiro passou de 2% em 1998 para 8,3% no ano passado -- a China tornou-se o segundo país na lista dos que exportam para o Brasil e o terceiro maior comprador de produtos brasileiros. A balança bilateral somou 23 bilhões de dólares em 2007, com superávit de 1,8 bilhão de dólares para os chineses -- valor que, neste ano, pode ir a 5 bilhões. Embora os Estados Unidos ainda sejam de longe o parceiro comercial número 1, o Brasil está cada vez mais próximo da China. Diante da feroz competição chinesa e dos riscos da crise financeira global, chegou a hora de discutir a relação: estar colado à China é realmente um bom negócio para o Brasil


Análise crítica:
É um bom negocio para o Brasil estar colado na China, uma vez que a mesma é um dos maiores compradores de produtos brasileiros, e proporcionou maior diversificação das trocas externas brasileiras.
A China é considerada como a mais nova locomotiva da economia mundial, ela importa do Brasil minério de ferro, que vira aço e é utilizado nas construções erguida nas suas metrópoles.
A soja que também é importada pela China, ajuda alimentar 1,3 bilhão de pessoas. O bom relacionamento estratégico do Brasil e China, tem favorecido o crescimento da economia brasileira e chinesa.
A China beneficia o Brasil quando realiza compra das commodities ( são produtos básicos homogêneos e de amplo consumo, que podem ser produzidos e negociados por uma ampla gama de empresa. Podem ser produtos agropecuário, como boi gordo, soja ,café; minerais como ouro, prata, petróleo, etc.). Na compra destes produtos o país consegue obter superávits comercial e acumula reserva de capital, tranqüilizando os investidores, e atraindo mais investimentos e diminui risco de crises no balanço de pagamentos.
O Brasil por sua vez está de olho neste grande mercado consumidor, propiciando o crescimento das empresas que começam a direcionar seus produtos para a exportação.
Há um risco da economia chinesa brecar, por isso a necessidade do governo controlar o crescimento do país, o Brasil também está apresentando uma face de grande crescimento econômico e melhoria considerável da qualidade de vida dos brasileiros.